familia

familia
meu esposo Lucas, meu filho Luis, Eu, meu filho Luciano e minha neta Kerilin.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Como conciliar dois mundos


12/2/2011




Como conciliar dois mundos


Todos nós vivemos em um Planeta... mas ao mesmo tempo em dois mundos completamente diferentes, há quem diga que isso é completamente impossível, quem diz isso esta errado e nunca parou para analisar a sua própria vida, porque se o tivesse feito saberia que é exatamente isso que acontece conosco, não só comigo ou com você, mas com todo ser humano, você deve estar pensando... que mundos são esses? Pois eu lhe digo, o mundo interior, onde se vive sozinho e o mundo exterior, onde temos que viver com muitas outras pessoas, e agora, poderá me dar razão?

Olhando assim de repente qual o mundo que achamos mais difícil viver, o interior ou o exterior?

Vamos nos analisar...

Viver com outras pessoas em muitos momentos se torna terrivelmente desagradável, mas nós temos a opção de ficar ou de sair do lado desta pessoa,

Quando alguém nos ofende é fácil revidar, brigamos, respondemos, acusamos, enfim quase nunca deixamos passar em branco o que nos fazem e por causa disso mesmo, de nos importarmos tanto com o que nos fazem é que momentaneamente ou por certo tempo ficamos magoados ou até com raiva, mas isso passa quando uma nova situação substitui a outra.

Viver num mundo unicamente nosso, na verdade se torna para muitos uma coisa tão insuportável que acabam muitas vezes até com a própria vida. Viver conosco mesmo é super difícil se não nos compreendermos. Compreender o outro e fácil mas nos compreender é bastante complicado porque ninguém pode nos ajudar a não ser nós mesmos, podem até nos orientar, dar sugestões, mas a ultima palavra ou decisão é exclusivamente nossa, não podemos fugir de nós mesmos, quando estamos com raiva não podemos simplesmente virar as costas ou dizer algum desaforo e ir embora, temos que conviver com o nosso mundo interior de qualquer jeito, se amamos sofremos porque o nosso “eu” exige sempre a presença da pessoa ao lado pelo menos para poder olhar e se isso não for possível o ciumes e a desconfiança nos traz angustias que, não controladas de forma organizada em nosso interior, nos traz uma terrível depressão, a própria palavra já nos mostra a situação, caímos, descemos o nível mais baixo do nosso intimo.

Se odiamos outros seres, ficamos remoendo dia e noite o que nos aconteceu em relação aquelas pessoas a ponto de muitas vezes termos sérios descontroles até por anos, há quem carregue este fardo no mundo interior pela vida toda, passa a viver uma vida amarga e atormentada, sem gosto para nada, só uma coisa lhe martela o coração, o desejo de ver tais pessoas destruídas e não percebe que a única a se destruir é sua própria existência, que só nós mesmos somos os prejudicados.

Se desejamos alguma coisa e não conseguimos logo bate uma insatisfação, uma sensação de impotência sem tamanho, achamos que somos incapazes, que não prestamos para nada, que nossa vida é um fracasso que os outros não deveriam ter e tem, e que nós que lutamos para ter tal coisa não temos, nos sentimos inferiores, nos colocamos no chão como pó para sermos pisados e pior por nós mesmos, não paramos para analisar que se não temos aquilo, pode ser para o nosso próprio bem, ou que o que desejamos é apenas uma inveja do que o outro possui e por isso, mesmo que obtivéssemos, logo não nos satisfaria mais, não paramos para pensar em agradecer o que já possuímos, só queremos obter mais e mais e isso nos escraviza de tal maneira que muitas vezes não conseguimos nos livrar mais de tal prisão.

Quando escolhemos alguém que nos interessa e vivemos com ela, sempre chega aquele determinado momento em que parece que aquela pessoa se torna um estorvo para nós, se torna um peso morto ao qual já não queremos mais carregar, sempre acabamos olhando para o outro lado e achamos que se tivéssemos escolhido outra pessoa estaríamos feliz, no começo não olhamos os defeitos do outro mas com o passar dos dias tudo se torna insuportável para nós, o nosso interior reclama sempre, como você vê, até de nossas próprias escolhas, então nos fazemos de vitimas sendo que muitas vezes somos os carrascos da nossa própria historia, daquela que nós mesmos criamos, e como uma vitima passamos os nossos dias a nos lamentar da nossa ingrata sorte, não paramos para estudar um meio de melhorar a situação, de nos tornarmos diferentes, mais agradáveis, mais prestativos, mais amigos, mais companheiros, queremos sempre que o outro mude e nós por nossa vez continuamos como “vitimas”sem querer mudar em nada.

Se nos encontramos sem ninguém, reclamamos do nosso mundo vazio, sem alegria, sem perspectivas de vida, passamos a olhar qualquer um e achar que é a pessoa perfeita, por mais imperfeito que seja, criamos em nós um bloqueio de solidão que nos torna incapazes de viver uma vida em harmonia conosco mesmo e com os outros, passamos a vida sem descobrir o quanto podemos fazer por nós mesmos, porque sempre achamos que só poderíamos ser felizes ou nos realizar se tivesse outra pessoa ao nosso lado.

Muitas são as pessoas que vivem em conflitos no mundo interior.

Pouquíssimas pessoas sabem controlar ou melhor compreender esse mundo e ter uma vida mais pacífica consigo mesmo, vou deixar aqui o meu pequeno conhecimento para que possamos fazer de nosso mundo interior um mundo mais agradável, um mundo melhor.

Primeiro devemos parar para nos conhecer melhor.

Como?

Olhando para o nosso comportamento diário, o nosso comportamento vai nos revelar uma grande parte de nós, que muitas vezes nos é desconhecida, as nossas ações nos mostra claramente quem somos e o que somos, o nosso agir determina o nosso caráter, se somos pessoas sociáveis ou pessoas intoleráveis, se somos agradáveis quando fazemos companhia a alguém ou se somos aquele fardo pesado e morto que outros tem que puxar.

Sem pararmos um instante e olharmos para dentro do nosso mais intimo ser, nunca poderemos nos conhecer.

Devemos nos fazer algumas perguntas e para o nosso próprio bem responder-nos com o máximo de sinceridade, digo isso porque tem pessoas que mentem até para si mesmo com medo ou até vergonha de se conhecer, de se assumir, ou de ter que mudar de comportamento, preferem viver se enganando ou numa absurda ignorância de si mesmo do que assumir seus próprios erros através de um auto conhecimento interior e ter que exigir de si uma mudança radical para ter uma vida melhor, há pessoas tão mediócres que sentam em si mesmo esperando que outros possam vir muda-las, outros esperam poder pegar carona na vida de outros para não ter o esforço de caminhar consigo mesmo, outros ainda querem sempre viver a sombra para se esconder de si mesmo não deixando o sol bater para não ter que se olhar de frente, tem medo do que pode enxergar ao seu próprio respeito.

Voltando as perguntas:

*Quem eu sou de verdade?

*O que eu quero de mim mesmo?

*O que desejo ser?

*Como planejo a minha vida?

*Como me comporto com as pessoas que vivem comigo, ou que passam em minha vida?

*Como reajo diante das dificuldades?

*Procuro buscar soluções ou fico esperando que elas caiam do céu?

*Até que ponto quero ser melhor?

*Busco a felicidade corretamente ou sou daqueles que ficam esperando alguém para ser feliz?



Bem, essas são só um exemplo das inumeráveis perguntas que podemos nos fazer.

Mas para adquirirmos as respostas certas temos que nos dar a devida importância e o devido tempo, isso é, tirar um dia, sozinhos e passar o tempo que for preciso nos auto analisando com minucias.



Meu pequeno conhecimento é esse.

A felicidade que procuramos nunca esta no outro mas sempre em algum lugar dentro de nós mesmos, só podemos ser felizes quando a encontrarmos em meio a bagunça que deixamos dentro de nós, a felicidade não é uma coisa, um objeto que se pode pegar emprestado de outros, a felicidade não é algo que se compra em um departamento qualquer de uma loja da esquina de nossa vida.

A felicidade é muito mais que todas as coisas de nossa vida juntas, porque sem encontra-la nós não somos nada, não fazemos nada de bom, não construímos uma ponte segura para passarmos a nossa vida, para vivermos no mundo exterior.

Quando nos encontramos conosco mesmo a vida passa a ter um explendor diferente, os raios de luz de nosso interior encontra espaço para sair e refletir em tudo que tocamos, em tudo que falamos, em tudo que fazemos, nos tornamos pessoas ricas em sabedoria, todos que passam por nós se sentem bem e gratificados com nossa companhia, todos procuram sempre estar o mais próximo de nós possível e ai sim encontramos a felicidade através da felicidade que proporcionamos a outros.

Quando nos determinamos a fazer o bem, esse mesmo bem se volta para nós nas mais variadas formas, todas as coisas se tornam bem mais fáceis no nosso dia a dia.

Quando reconhecemos em nós o processo errado que fazemos e sermos humildes o suficiente para mudar nossa conduta, tudo aquilo que parecia ser um grande abismo para nós se torna uma ponte segura onde podemos passar em segurança mesmo pelas ondas mais bravias da nossa existência sem que as ondas possam nos alcançar.

O mundo interior pode ser totalmente agradável, só depende de nós.

Tudo o que precisamos esta bem diante de nossas mãos esperando apenas que nos possamos pegar, mas nunca se esqueça que ninguém poderá pegar para você, o esforço sera sempre seu, isto é, nosso.

Mesmo que caminhe sozinho, mesmo que suas experiencias anteriores não tenham sido agradáveis, mesmo que tudo pareça não ter solução saiba que tudo pode ser completamente mudado, que nunca será tarde para se descobrir e ser feliz.

A razão pela qual nascemos e vivemos, não é para esperarmos alguém nos fazer felizes ou obter riquezas ou alguma coisa para isso, mas sim nascemos e vivemos para dar felicidade com nossa alegria de vida apenas por estarmos vivos.

Pense, se dependêssemos de outras pessoas ou de outras coisas nunca encontraríamos a felicidade, seriamos simplesmente alegres por alguns momentos em nossa vida, mas tudo sempre passaria como uma ilusão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário